SONETO POR UM LANCHE
Eu não tenho vintém pro chá de mate,
Trago o bolso vazio como a barriga;
Não sei como alimentar a lombriga
Que ronca no estômago e se debate.
Mas na vida encontrei a mão amiga,
Alguém que o nó da fome me desate;
Quis me dar um bolo de chocolate
Em troca de um soneto, uma cantiga.
Te bendigo, colega, alma querida;
Feliz de quem o teu chazinho tome,
Bem digerida seja a tua comida.
A fome agora já não me consome;
Minha lombriga fica agradecida
E diz que nunca esquecerá teu nome!
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